Os limites de consistência são também conhecidos como limite de liquidez (LL) e limite de plasticidade (LP), e são fundamentais para determinar as características da argila do solo estudado.
O limite de liquidez é realizado de acordo com a norma brasileira ABNT NBR 6459, na qual é utilizado o aparelho de Casagrande para medir o número de golpes necessários para fechar uma abertura criada com o cinzel. Pode-se dizer que o limite de liquidez é uma medida do espaçamento entre as partículas de solo para o qual as forças trativas são reduzidas a um valor tal que a resistência ao cisalhamento é aproximadamente 2,5KPa. Desta forma, com um maior espaçamento entre as partículas, ou seja, com mais água, o número de golpes necessário para o cisalhamento da amostra diminui.
O limite de plasticidade é realizado de acordo com a norma brasileira ABNT NBR 7180, na qual é moldado um cilindro a partir da amostra do solo, que será passado em uma placa de vidro esmerilhada até que rompa com o mesmo diâmetro de um gabarito. O limite de plasticidade é a umidade em que a água livre começa a existir em excesso, ou seja, numa quantidade maior do que aquela necessária para satisfazer a adsorção forte. Pode ser interpretado também como o teor de umidade limite, abaixo do qual o solo perde a plasticidade, deformando-se com mudança de volume e trincamento.
As amostras de ambos, limites de plasticidade e liquidez, são levadas à estufa para serem obtidos os respectivos teores de umidade e, assim, os limites. Com esses podem ser calculados diversos parâmetros, como o índice de plasticidade (IP), o índice de compressão (Cc), a atividade da argila (A), o limite de liquidez da fração argila (LLa) e o limite de plasticidade da fração argila (LPa).