ENSAIO DE CPTU
Os ensaios de penetração do cone com medida de poropressão são considerados internacionalmente como uma importante ferramenta de prospecção geotécnica. No Brasil, o método é normatizado pela ABNT- NBR 12069/91 – Solo – Ensaio de penetração de cone in-situ (CPT).
O método consiste em cravar no terreno uma ponteira cônica (60° de ângulo de abertura) a uma velocidade constante de 20 mm/s. A penetração do cone é realizada com a utilização de um equipamento de cravação, devidamente ancorado no solo ou com peso de reação suficiente para a realização do ensaio. As leituras dos ensaios são efetuadas a cada 2 cm de profundidade e as informações coletadas são as seguintes:
- Resistência à penetração da ponta (qc);
- Resistência por atrito lateral (fs);
- Poropressão u2, utilizando-se um elemento poroso de bronze, localizado na base do cone;
O ensaio de CPT/CPTU pode fornecer, através de correlações, as seguintes características dos terrenos investigados:
- Coeficiente de adensamento (Ch e Cv);
- Resistência não drenada (Su);
- Ângulo de atrito efetivo de areias (Ø’);
- História de tensões (tensão de pré-adensamento, OCR);
- Coeficiente de permeabilidade (K);
- Módulo de deformação cisalhante (G0);
- Coeficiente de deformabilidade (mv);
ENSAIO CPT
O ensaio CPT consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que armazena em um computador os dados a cada 20 cm. O cone alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no terreno a uma velocidade de 2 cm por segundo. O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no terreno e funciona como uma prensa. Depois de cravado, ele obtém os dados de forma automática e o próprio sistema captura os índices e faz o registro contínuo desses dados ao longo da profundidade. Esse método de investigação do solo fornece:
- a resistência de ponta (qc);
- a resistência do atrito lateral (fs);
- a correlação entre os dois (Fr, medida em %) – que permitem a identificação do tipo de solo.
Equipamento: O equipamento hidráulico deve ser colocado no canteiro. Esse equipamento deve estar acoplado a um caminhão e, portanto, será necessário espaço suficiente . O cone que será cravado no solo poderá ter uma ponteira elétrica ou mecânica;
Posicionamento da ponteira de cravação: Deverá estar na vertical, para que o eixo da composição dos tubos externos coincida com o da aplicação de esforços;
Execução: Já com a ponteira cravada no solo, a penetração atingirá uma profundidade de 2 cm por segundo. O sistema captura os índices.
Quantidade de registros: O valor referente a cada componente de resistência de interesse deverá ser documentado, no mínimo, a cada 20 cm de avanço da ponteira;
Quanto à profundidade da ponteira: Deverá ser observada e medida a cada novo registro;
Quanto aos resultados: Todos os dados do que foi executado durante o ensaio devem ser apresentados. Dessa forma, no relatório deverão constar:
- descrição dos trabalhos;
- descrição da aparelhagem;
- apresentação do resultado de aferição do sistema de medição dos esforços;
- planta de locação detalhada dos pontos apresentados em escala – contendo dados planialtimétricos e gráfico dos valores de componentes de resistência em função da profundidade e em escala apropriada para ensaio cone (resistência de ponta), para ensaio de cone-atrito (resistência de ponta e atrito lateral local).
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